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"K." (2019)

Teatro | FCT | ACE - Escola de Artes | Palácio do Bolhão (Porto) | Intérprete e co-criadora

Encenação - António Júlio

Texto - Raquel S. (a partir d' "O Processo" de Franz Kafka)

Sobre o Projeto Texto Contemporâneo:

"Este é o último projeto que as três turmas desenvolvem na ACE Escola de Artes e é, por isso também, o que deve congregar todos os conhecimentos adquiridos ao longo dos cursos, devendo ser impulsionador da autonomia dos alunos e das alunas perante os desafios lançados. O objetivo é conseguir aprofundamento nos temas, apuro das técnicas e compromisso com o trabalho, com determinado grau de exigência. O período contemporâneo a que se refere este projeto é um período alargado compreendido entre o final do séc. XIX e a atualidade, correspondendo ao período em que ocorreram grandes revoluções da forma dramática e em que se viveram profundas transformações na maneira de fazer teatro. A abordagem, neste projeto, constitui-se como pretexto para se traçar um olhar sobre as práticas cénicas contemporâneas, contextualizando o tema e estudando o autor ou autora, no seu enquadramento social, político e artístico, e procurando uma reflexão sobre a atualidade." - do dossiê da ACE

Sobre "K.":

"Dirigir um projeto de FCT é mais do que encenar um texto, desenvolver uma ideia ou construir um espetáculo. É, principalmente, procurar comunicar com um grupo de jovens estudantes de teatro, quase a terminar os seus cursos e quase a começar uma fase nova, algum caminho. Temos, primeiro, de nos perguntar: que autor/a lhes poderá falar? Que texto lhes poderá mostrar mundo? Que matérias os podem desafiar? É certo que, nesta altura das suas vidas, são muitos os autores que não conhecem, muitos os livros que não leram ainda, tantos filmes que lhes falta ver... e é certo que vão ficar por ler, ver, conhecer por muitos anos. Nenhum de nós leu, viu ou conhece tudo – leva uma vida aprender!
Por isso, à partida, podemos começar por qualquer lado. Qualquer assunto lhes será útil. Qualquer autor será apenas um pretexto para se abrirem portas à descoberta. Não importa que se chegue a algum lado, importa mais que se inicie o caminho. Por isso, é preciso escolher. Tomar uma decisão. E incluirmo-nos nisso também. Ter coragem para falar de nós. Das razões que nos levam a escolher, hoje, este ou aquele texto.

 

Não é a primeira vez que me aventuro na descoberta de Kafka. Já antes o tinha feito, com o Teatro Universitário do Porto e com a Raquel S.. Mas Kafka não se esgota num único contacto, numa única experiência. A sua obra é ampla, complexa e vertiginosa. Permite- nos falar de vários acontecimentos do início do séc. XX, da forma como influenciaram os anos subsequentes, o pensamento artístico e a vida das pessoas. O Processo, obra de onde partimos para este exercício, permitiu-nos também falar de nós, do aqui e do agora, colocando-nos na vez de K., fazendo dele a nossa voz, vivendo um percurso sem saída, cada vez mais embrenhado num sistema voraz e corrupto, com “guardas subornáveis, inspetores incompetentes e juízes de instrução idiotas”. Acordar um dia e saber que estamos presos, que somos culpados de um crime que desconhecemos, viver apenas pela “nossa causa”, sem remédio, sem solução, sem absolvição. Que existência é esta?


Desafio. É o que nos pedem as alunas e os alunos da escola, chegados a esta fase do seu percurso. Não só no que diz respeito ao desenvolvimento das suas práticas, em cada uma das áreas, mas também no tema que vão tratar, na história que vão desenvolver e na luta pela descoberta da forma que a ideia vai adquirir no palco. Mais do que cumprir objetivos, este processo pretende promover pensamento e um posicionamento em relação às matérias e ao exercício artístico. Saber o que se quer dizer e procurar um caminho para o dizer. Foram vários meses de estudo e de trabalho. Chegados aqui, sabemos que poderíamos ter feito tudo de outra forma. Chegar a este momento é ter a esperança que o trabalho continue, que esta experiência viaje dentro de cada um/a, que os/as faça mais exigentes, mais autónomos/as e mais livres, também – “Esta porta foi feita para ti”." - António Júlio

FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA

TEXTO - Raquel S. (A partir de O Processo, de Franz Kafka)
ENCENAÇÃO - António Júlio

ASSISTÊNCIA DE ENCENAÇÃO - Inês Linhares

APOIO A VOZ - Maria do Céu Ribeiro

COODENAÇÃO DE CENOGRAFIA E ADEREÇOS - Cristóvão Neto

COORDENAÇÃO DE FIGURINOS - Cátia Barros

COORDENAÇÃO DE LUZ - Mário Bessa

COORDENAÇÃO DE SOM - Rui Lima

APOIO A COORDENAÇÃO DE SOM - João Monteiro

EXECUÇÃO DE GUARDA-ROUPA - Maria da Glória Costa

DIVULGAÇÃO - Nuno Matos

FOTOGRAFIA - Pedro Figueiredo

VÍDEO - Materia Creative Agency

PRODUÇÃO EXECUTIVA - Rosa Bessa

DIREÇÃO DE PRODUÇÃO - Glória Cheio

APOIO TÉCNICO -  Tiago Silva, Fábio Ferreira, Konstantin Korchagin, João Félix e João Monteiro

DIREÇÃO DE CENA - Armanda Andrade e Marta Baptista

AGRADECIMENTOS - Rodrigo Gomes (1º ano da ACE - Escola de Artes)


Alunos/as do 3º ano:


CENOGRAFIA
Ana Luísa Almeida, Cláudio Elói, Dalila Pereira, Gabriel Ângelo, Maria Inês Campos e Maria Matilde Brito


FIGURINOS E ADEREÇOS
Beatriz Coelho, Flávia Freitas, Maurícia Branco, Patrícia Queirós e Soraia Santos


INTERPRETAÇÃO

Beatriz Carvalho, Beatriz Nogueira, Bruna Costa, Catarina Pitrez, Cláudio Pinto, Cristiano Barros Maranho, Daniela Silva, Eduarda Bernardo, Iara Marques, Inês Drumond, Inês Vieira, Leonor Reis, Marco António Ferreira, Maria Miguel Oliveira, Mariana Macedo, Matilde Ferreira, Odin Estevam, Patrícia Roque, Rita Couceiro Pinto, Sónia Varandas, Teresa Cruz, Vanessa Ferreira, Vasco Costa, Vasco Lello e Vicente Gil

LUZ

Diogo Silva, Francisco Alves e Ricardo Pinto

SOM

Bernardo Lopes, Carlos Queirós, Diogo Meneses, João Brito, Leandro Leitão, Rafael Couto e Rui Vermelho

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